sao-joaquim-e-sao-roqueEndereço: Praça José Inácio, s/nº – Distrito de Joaquim Egídio – Bairro: Centro
Pároco: Padre Paulo Cesar Gonçalves Ferreira
Auxiliar Paroquial: Diácono Permanente Mário Roberto Maróstica

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A Capela de São Joaquim e São Roque foi construída em uma área doada por Joaquim Egídio de Souza Aranha em 1870. Foi tombada pelo Condepacc em 8 de maio de 2003. (Fonte: https://novo.campinas.sp.gov.br/noticia/8028)

 

Oração a São Joaquim e São Roque

Senhor, Deus de nossos pais, fonte e origem de toda a vida e bênção, Vos rendemos graças pelo exemplo de São Joaquim e São Roque. Pela intercessão de São Joaquim, esposo de Sant’Ana, Pai da Virgem Maria, que os lares sejam abençoados e plenos de diálogo, perdão e entendimento.

Pelas virtudes de São Roque, afastai de nós as pestes e epidemias que ameaçam a vida em todos as suas formas, nos meios rurais e urbanos. Que tenhamos a coragem e a disponibilidade de ambos para assistir material e espiritualmente os enfermos e idosos.
Fortalece nossa esperança no Deus Vivo a cada dia, ou na dor ou na alegria.

Que a fidelidade de São Joaquim, a coragem e o zelo de São Roque, nos levem a ver a pessoa de Jesus Cristo, Bom Pastor, naqueles que vão conosco no cotidiano da vida e nos inspirem palavras e atitudes que promovam o bem, a paz e a concórdia em nossos Distritos, em nosso Planeta.

São Roque e São Joaquim, intercedam por nós, intercedam por mim!

História e vida de São Joaquim e Sant’Ana

Os pais de Maria Santíssima nos remetem ao cumprimento das promessas de Deus de enviar-nos um Salvador. Aos vinte anos de idade, Joaquim, descendente da tribo de Judá, casou-se com Ana, que pertencia também à mesma tribo. Passaram-se vinte anos de um feliz casamento, mas sem que um filho ou filha viesse ao mundo, e lhes trouxesse a alegria de recebê-lo; por isso, havia muita tristeza no coração deste casal. Joaquim, que era um homem rico e muito piedoso, passava seus dias dando esmolas a órfãos e pobres, viúvas e estrangeiros de sua época.
Certa vez, quando foi ao Templo fazer sua oferta, conforme era costume, o sacerdote não permitiu que ele a entregasse, pois não havia dado um descendente para seu país. Tamanha foi sua tristeza, que Joaquim, seguindo uma tradição da época, foi para as montanhas, lá ficando por longo tempo em oração e jejum. Ana, por sua vez, também implorava ardentemente que o Senhor ouvisse suas súplicas e lhe concedesse um filho. Deus, em seus desígnios, ouviu a prece de ambos e enviou um anjo para anunciar, dizendo: “Ana, o Senhor teu Deus atendeu suas preces. Conceberás e darás à luz e, em toda a terra, se falará da tua descendência”. Joaquim recebeu a mesma mensagem e voltou radiante para casa. Ana concebeu e deu à luz uma menina, que recebeu o nome de Maria. Ana e Joaquim exultaram de júbilo, como predissera Isaías: “Canta, ó estéril, tu que não mais dás à luz! Explode de alegria e dá vivas…” (Is 54,1). Com o nascimento de sua filha, eles se apercebem de que uma grande graça está neste acontecimento.

Os Padres da Igreja, Santo Epifânio e São João Damasceno, dão ao nome “Ana” o significado de “graça e misericórdia”. Ana, assim como Maria, foi enriquecida de graça e misericórdia porque o Senhor a presenteou com uma filha privilegiada, aquela que, dando o seu ‘sim’ a Deus, tornou-se a Mãe do Salvador. Por sua vez, o nome Joaquim significa “o homem que Deus confirma”. Na Bíblia, encontram-se três mulheres com o nome de Ana: a mãe do profeta Samuel; a mulher de Raguel, parente de Tobias; e a profetisa Ana, a que foi ao encontro de Jesus no Templo, no dia de sua apresentação segundo o costume judaico (cf. Lc 2,36-38).

“Pelos frutos conhecereis a árvore” (Mt 7,20). Conhecemos o fruto do amor de Ana e Joaquim, que foi a Virgem Imaculada, santificada desde o primeiro momento de sua concepção no seio materno. Os avós de Jesus, mencionados no Proto-Evangelho de Tiago (livro não considerado como parte da Santa Escritura, mas como tradição piedosa), escrito no século II, conta que Ana era filha de Mathan, um sacerdote que vivia em Belém e que tinha mais duas filhas: Sobe, que foi mãe de Isabel e avó de São João Batista e Maria, que foi a mãe de Maria Salomé.Pelas virtudes de Mãe do Senhor, podemos imaginar como seus pais eram íntegros. Por assim serem, mereceram de Deus a graça e o privilégio de gerar a Mãe do Salvador. Assim como as preces desse casal foram ouvidas, Deus ouve a prece que fazemos, na alegria e na dor. “Pedi e vos será dado…” (Lc 11,9).

Ana e Joaquim haviam feito uma promessa: a filha nascida de maneira miraculosa seria consagrada ao Senhor. Por isso, quando completou três anos, Maria foi levada ao Templo para viver entre as jovens consagradas ao serviço de Deus. Segundo a tradição, ela ali viveu durante nove anos, dedicada à oração, aos afazeres do Templo, ajudando os necessitados que ao Templo acorriam. Com doze anos aproximadamente, segundo os costumes da época, foi encaminhada ao casamento e o escolhido foi José, carpinteiro de Nazaré, da descendência de Davi (cf. Lc 1,26-27); homem fiel e prudente, que honraria sua missão de pai adotivo do Filho de Deus. (cf. Mt 1,18-25)

Pela fidelidade, os pais de Nossa Senhora são invocados como intercessores das famílias e dos avós. Os cristãos católicos também colocam sob a intercessão de ambos, os filhos antes de nascerem, assim como os casais estéreis e mulheres nas dificuldades do parto. Eles, que vivenciaram a experiência de maternidade e paternidade difíceis, intercedem por todos, nessas e em outras ocasiões. Assim como Deus operou maravilhas na vida de Maria (cf. Lc 1,49-50), também o fez na vida de Sant´Ana e S. Joaquim.

Não existem datas sobre a morte deste casal, mas fatos demonstram que Joaquim faleceu antes de Ana; e ela passou a viuvez em oração e recolhimento; junto com sua filha, lia e interpretava a Palavra de Deus como cumprimento da Lei e orações cotidianas. É daí que surge a representação de Ana com Maria tendo contato com a Lei de Deus, num doce colóquio de fé e de ternura.
O culto aos pais de Maria é muito antigo. Em alguns lugares do mundo, a figura de Sant´Ana aparece com maior predominância em relação a S. Joaquim. No Ocidente surgiu em 1584, quando foi instituída a Festa Litúrgica de Sant´Ana (dia 25 de Julho) e de São Joaquim (dia 20 de Junho). Mas, com a reforma do Calendário Litúrgico, eles passaram a ser celebrados no mesmo dia, 26/07, quando também se lembra o Dia dos Avós. Ao que tudo indica, o culto a Sant´Ana e S. Joaquim foram trazidos ao Brasil pelos europeus, particularmente os imigrantes italianos.

Que o exemplo destes santos nos faça dizer, junto com o autor do Livro do Eclesiástico: “Bendizei o Deus do universo que faz maravilhas em toda a terra, exaltando nossos dias desde o ventre de nossas mães e agindo conosco segundo a sua misericórdia” (Eclo. 50,24). Que a intercessão de Sant´Ana e S. Joaquim nos faça olhar a vida com mais esperança e fé; que nos ensine o amor e a tolerância para com os idosos e enfermos; que nos faça perdoar a partir de nossas famílias, e a perceber que, pela fé, Deus tudo pode realizar quando encontra o coração aberto ao Evangelho do Senhor Ressuscitado, fonte de toda vida e bênçãos.

Fontes: “O Santo do Dia”. Dom Servílio Conti. Ed. Vozes. Petróplis.1995
“Sant´Ana – Novena e História” – Col. Nossas Devoções. Maria Belém.Paulinas.2010

História e vida de São Roque

Roque nasceu em Montpelier (França), por volta do ano 1295. Pertencia a uma família nobre e rica, tanto pelos bens materiais como pela fé que os norteava, e que calou profundamente no coração do jovem Roque. Pouco antes dos seus vinte anos, ficou órfão dos pais. Inspirou-se nas palavras de Jesus ao jovem do Evangelho, e as tomou para si: “Se queres ser perfeito, vai e vende tudo o que tens, dê aos pobres e vem e segue-me”. Roque assim o fez: distribuiu todos os seus bens aos necessitados, e tomando o hábito característico dos peregrinos, dirigiu-se a Roma para venerar as tumbas dos apóstolos Pedro e Paulo. Nesta época, na Idade Média, era relativamente freqüente a figura dos romeiros que cruzavam as estradas da Europa para visitar, com espírito de penitência e espiritualidade, os lugares sagrados, sobretudo Roma e Jerusalém.

S. Roque, descalço, atravessou a França e já ia pela Itália adentro quando chegou a regiões infestadas pela peste (Acquapendente, Rimini e outras cidades). É neste contexto de fragilidade humana que o jovem descobre sua vocação. Roque sentiu-se abrasar pela caridade de Cristo, que nos leva a ver o enfermo e sofredor como um membro nosso que padece. Transformou-se pela fé em enfermeiro, consolador e coveiro dos doentes atingidos pela peste; pelas suas preces, Deus restituiu saúde a inúmeras pessoas atingidas por duras enfermidades.
Após dois anos se dedicando aos atingidos pela peste, Roque chegou à Cidade Eterna (Roma) para cumprir seu propósito. Por mais três anos, aí também se dedicou aos enfermos. No caminho de volta, tomado pelo cansaço, foi acometido por este grande mal. Com fé e coragem, adentrou sozinho em um bosque para não ser fonte de perigo para ninguém; confiando na Providência de Deus, foi alimentado por um cachorro que todos os dias lhe trazia um pão. O dono do cachorro terminou por descobrir o paradeiro de Roque, e ficou admirado com seu zelo e profundidade de testemunho diante do sofrimento, assim como com sua atenção para com os enfermos. Foi assim que, com o passar do tempo, muitas pessoas acorriam a Roque para escutá-lo e assim voltarem à proposta do Evangelho de Jesus.

Após se restabelecer, Roque decidiu voltar à sua terra. Mas, passando por regiões agitadas por guerras e conflitos, por ser um peregrino, foi tomado por espião e condenado à prisão, na qual veio a falecer depois de cinco anos de torturas e humilhantes sofrimentos, aos trinta e três anos de idade. O culto a S. Roque estendeu-se por toda a Europa, e como aquele que intercede contra as epidemias e pestes que ameaçam pessoas e lavouras. É representado com traje de peregrino, com um bastão, a perna chagada e um cão que traz em sua boca um pedaço de pão.

No exemplo de vida deste Santo está o desejo de nos aproximarmos de Deus, fonte e origem de toda graça, bênção e saúde; também a solicitude para com os enfermos e pobres, que precisam da partilha de nosso pão, de nosso tempo e de nossa boa vontade. O exemplo deste santo brilha em nossos dias como incentivo à solidariedade, à acolhida e ao serviço. Que S. Roque nos inspire o amor ao Cristo, Bom Pastor, e que nos faça compassivos com a fragilidade humana.
São Roque, intercedei por nós!

Fontes: “O Santo do Dia”. Dom. Servílio Conti. Ed. Vozes. 1995.
“Um Santo para cada dia”. M. Sgarbossa. Luigi Giovannini. Paulus. 1983

Hino em louvor a São Joaquim

São Joaquim, Padroeiro querido, desta terra de paz e esperança,
O teu povo aqui reunido te suplica a fé como herança.
És bom Pai da Virgem Maria, de Sant’Ana esposo fiel,
E concede-nos no dia-a-dia, a vivência do amor e o céu.
São Joaquim, padroeiro exemplar, nosso povo vem abençoar
São Joaquim, padroeiro exemplar, nosso povo vem abençoar
Tua vida é a simplicidade, na pobreza, trabalho, oração,
E viveste na felicidade em um lar pleno de doação.
As nossas famílias conduz, no caminho do bem e verdade.
Possamos seguir a Jesus, com mãos dadas na fraternidade