PENTECOSTES e os DONS DO ESPÍRITO SANTO
Os Dons do Espírito Santo
Os dons do Espírito Santo são capacidades que o Espírito dá às pessoas para a edificação da igreja. Os dons são dados de acordo com a vontade do Espírito Santo.
Desde o nosso batismo, o Espírito Santo habita em nossa alma e produz aí os seus frutos e dons para nos conduzir ao amor de Deus e ao serviço dos irmãos. Eles nos ajudam a vencer o pecado e viver de acordo com as leis morais. Eles são indispensáveis à santificação do cristão mesmo na vida cotidiana, e não apenas para as grandes obras.
O Catecismo da Igreja Católica diz que: “Os sete dons do Espírito Santo são: sabedoria, inteligência, conselho, fortaleza, ciência, piedade e temor de Deus.”
1-Sabedoria: o Espírito Santo nos concede este dom para que possamos entender e selecionar aquilo que é mais importante na nossa vida.
2-Inteligência: Não é apenas um dom humano de entender as coisas, é muito mais do que isso; é o dom de poder sentir a presença de Deus em todos nós.
3-Conselho: Este dom nos liga a Deus e, ao mesmo tempo, nos liga às outras pessoas, ajudando uns aos outros para trilhar no caminho de Deus.
4-Fortaleza: O dom da fortaleza nos permite ser fortes diante daquelas situações difíceis e de tudo aquilo que nos provoca e teima tirar de nós a nossa fé.
5-Ciência: o dom da ciência nos leva a um conhecimento mais aprofundado de Deus. O conhecimento das coisas de Deus não está apenas no nível intelectual, mas está no nível da vivência.
6-Piedade: dom que está relacionado com a misericórdia, ou seja, Deus quer nos fazer ter piedade e compaixão.
7-Temor de Deus: Não é o dom que nos leva a ter medo de Deus, mas é o dom que nos leva à adoração de Deus. A partir do momento em que eu conheço e busco a Deus, valorizo a sua presença em nós.
Os Frutos do Espírito Santo
O Espirito Santo, o mesmo que concede os dons aos que Lhe pedem, colhe o bom fruto também a partir Dele. Quando se fala em frutos do Espirito Santo, vem à mente uma árvore carregada de frutos, estes são bons e prósperos, pois tudo que vem de Deus é bom. “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que não der frutos em mim, ele o cortará; e podará todo o que der frutos, para que produza mais fruto.” (Jo 15; 1-2)
Tendo Jesus como a videira e Deus Pai como o agricultor, o Espirito Santo vem como a água que rega a árvore e faz com que ela dê bons frutos. Estes frutos são cultivados com o amor e o cuidado e são resultados dos dons que o Espirito Santificador “presenteia” seus amados filhos.
Os frutos concedidos pelo Espirito Santo são doze, sendo eles:
Caridade: A caridade é amor e é o maior dos dons, porque ela não desaparece, existe para além da morte. O céu vive no amor: “A fé e a esperança hão-de desaparecer, mas o amor jamais desaparecerá” (1 Cor. 13,8).
Alegria: Caracterizada por aquelas emoções interiores, aquela alegria interior e satisfação espiritual profunda que o Espírito Santo derrama no coração e na alma. A pessoa sente uma alegria inexplicável. Não há palavras humanas que possam descrevê-la.
Paz: É uma suavidade interior, tal como Jesus disse aos Seus apóstolos: “Deixo-vos a paz, dou-vos a Minha paz, não como o mundo a dá mas como Eu a dou” (Jo 14, 27). Jesus é a paz e a suavidade da alma.
Paciência: suporta as adversidades, as doenças, as contrariedades e perseguições. A paciência é o fruto essencial para que o cristão persevere na sua fé. O cristão paciente dificilmente é demovido da sua fé porque ele suporta tudo com paciência. A alma paciente é mansa e humilde, não se revolta contra o seu Deus, mas tudo suporta e aceita.
Benignidade: é a bondade que vai para além da bondade, isto é, muitas vezes fazemos um bem, mas só até certa medida. Porém, a benignidade é a execução desse bem que vai para além do que deveria ser feito.
Bondade: é fazer o bem, desinteressadamente, às pessoas. A pessoa que o faz tem um bom coração, amando verdadeiramente. A resposta de alguém que ama a sério é: “Eu amo porque amo”.
Longanimidade: é a paciência para além da paciência, é quando alguém continua a ser paciente depois de, tantas e tantas vezes, ter sido posto à prova.
Mansidão: o homem manso dificilmente se revolta. A mansidão está sempre associada à humildade e à paciência. Jesus diz, quando se refere a Si mesmo: “Vinde a Mim que Sou manso e humilde de coração que Eu vos aliviarei. Vinde a Mim que o meu jugo é suave e a minha carga é leve. Vinde a Mim todos vós que estais sobrecarregados porque Eu vos aliviarei” (Mt 11, 28-30). Este é um grande convite do Sagrado Coração de Jesus a todos nós. A mansidão é contra a ira e contra o ódio. Assim, devemos procurar ser mansos, imitando o Divino Mestre.
Fé: para além de ser o fruto do Espírito Santo é uma das virtudes teologais. A fé é um dom muito importante, sem ela desesperamos e desanimamos ao longo da nossa caminhada, feita de altos e baixos, com muitas dificuldades. Sem a fé, o cristão chega a certa altura, depois de muitas dificuldades desiste e começa a levantar interrogações e deixa de praticar o bem, deixa de ir à Missa e diz: “Afinal, os que não vão à Missa, têm uma vida melhor do que a minha. Então, que me adianta ir à Missa e rezar?”. A fé leva o cristão a manter-se firme na sua caminhada, mas esta fé tem que ser conservada e protegida. Uma das maneiras é a oração que aumenta e protege a fé. A oração mantém-nos no caminho da fé e no caminho da salvação, por isso é indispensável.
Modéstia: relaciona-se com o ser discreto. A modéstia é contra a ostentação e a exibição. A modéstia é o pudor que deve acompanhar todo o cristão, pois nele habita Deus. Como tal, devemos respeitar o nosso próprio corpo, não o expondo como um mostruário. Alertai aquelas pessoas que se vestem com mini-saias, decotes exagerados, blusas transparentes, calças exageradamente apertadas, apresentando os contornos do corpo. Podemos usar roupas bonitas e arranjadas com o devido pudor e respeito pelo corpo.
Continência: é um fruto do Espírito Santo. O homem continente sabe equilibrar-se, dominando a sua sexualidade. Sabe guardar-se e proteger-se. A continência é uma grande virtude. Se os homens e as mulheres de hoje possuíssem esta grande virtude, não haveria em muitos lares tanta tristeza, tanto aborrecimento porque todos saberiam manter a castidade e a pureza. A continência é o domínio de si mesmo em relação aos instintos sexuais.
Castidade: é um fruto que leva o homem ou a mulher a manter a pureza do corpo e, consequentemente, a pureza da alma, não se deixando manchar, caindo em pecados contra o 6º e 9º Mandamentos. O sexto mandamento diz: “Guardai castidade nas palavras e nas obras”; e o nono mandamento diz: “Guardai castidade nos pensamentos e nos desejos.”
Esses frutos nos aproximam do chamado feito por Deus a todo seu povo, o chamado a santidade e as coisas do alto.
Fonte: https://blog.cancaonova.com
Artigo por: Fabrício Capelão, Kairo Alessandro, Lívia Gabrielle, Pedro Bento